Quanto custa o Carnaval de Salvador

Sem sombra de dúvidas, o Carnaval de Salvador é um dos destinos mais cobiçados pelos foliões. Em 2018, a capital soteropolitana recebeu cerca de 800 mil turistas, levou 186 trios às ruas e movimentou aproximadamente R$ 1,7 bilhão ( sim, você leu certo).

No entanto, por conta dos preços, muitas pessoas ainda enxergam o Carnaval de Salvador como um sonho impossível. De fato, ele é muito mais caro do que passar o feriado no Rio de Janeiro ou Olinda, mas, planejando direitinho, todo mundo curte o Carnaval pulando atrás do trio.

No final do post tem uma tabelinha com os gastos detalhados. 😉

Mas dá pra economizar no Carnaval de Salvador?

Dá sim! O mais importante é antecipação. Quanto mais perto do Carnaval, mais caros os preços. Fechamos hotel em julho, blocos e camarotes entre agosto e setembro. Fique atento as datas de virada de lote. 

Comprei tudo online, nos site do Quero Abadá e do Camarote Salvador. Embora carinho, é possível dividir a compra dos blocos e camarotes em até 10 vezes, dependendo de quando é feita a compra.  O pagamento em suaves prestações ajudou meu psicológico, confesso haha

Ah! Embora o Uber seja uma opção mais barata, carros comuns não tem acesso ao mesmo percurso do táxi. Então, para poupar tempo, peça um táxi mesmo.

Passagens

Esse foi o item que mais pesou no meu bolso. Como tinha que chegar no sábado e voltar na quarta bem cedinho, isso encareceu muito a passagem.  Se você puder chegar alguns dias antes do Carnaval e ficar até a quinta ou sexta, os valores costumam ser bem melhores.

Em dias normais, pago cerca de R$ 250 em passagens Recife – Salvador. No Carnaval,  o valor foi para R$ 1.200. O valor mais barato que tinha visto foi R$ 900, mas fiquei na esperança do valor diminuir e acabei pagando mais caro.

Hotéis e casas

A minha opção foi o The Hostel Salvador, que fica em Rio Vermelho, não muito longe do circuito Barra – Ondina. Como estávamos em duas pessoas,  pegamos um quarto privativo, que saiu por R$ 1.250 para cada. Achei ótimo, levando em consideração que o Carnaval é a época mais cara  do ano e que hotéis naquela região custavam a partir de R$ 4 mil. A localização era excelente, pertinho da praia,  o quarto era super limpo, o banheiro era bacana, tinha um terraço com piscina. O hostel era bem silencioso, mesmo no Carnaval. Voltaria a me hospedar inclusive em outras datas. Você pode ver outras opções de hospedagem em Salvador  aqui.

Se você tiver em um grupo maior, vale a pena alugar uma casa ou apartamento, que sai a partir de R$ 7000 ( preços de julho de R$ 2017). Em grupos do Facebook, há vários anúncios de vagas em casas. Os preços são mais amigáveis e vi valores a partir de R$ 700.

Eu teria o cuidado de ficar em um lugar perto da Barra – Ondina e me certificar que o bairro não é perigoso. Antes de transferir o dinheiro, tenha o cuidado de pedir o contrato de locação da casa e faça perguntas básicas como: qual será a ocupação máxima, quantos banheiros, quantas pessoas por quarto, se o valor inclui alimentação, etc.

Bloco ou Pipoca

O que não falta em Salvador é bloco! Como falamos acima, este ano foram quase 200 trios nas ruas e cerca de 750 atrações. Existem opções para todos os gostos e bolsos. A vantagem de comprar um abadá é que você terá mais segurança e mais espaço do que se tiver na pipoca.  Os preços começam em R$ 30 e vão até quase R$ 1000 em trios mais disputados, como o Camaleão, liderado por Bell Marques.

Acabei optando pelo Me Abraça, com Durval Lelis ( R$ 400), e Eva ( R$ 200).  Ambos duraram cerca de 5 horas e o pessoal vai bem animado do começo ao fim. Ainda há quem tenha pique de, depois que acaba, seguir na pipoca de algum outro bloco.

O Camaleão oferece uma versão Vip, onde os foliões têm acesso a um carro de apoio e bebida. O preço gira em torno de R$ 1700. O que, na minha opinião, é muito caro para um xixi e umas latinhas de cerveja.

Existe cada vez uma opção maior de blocos pipocas, que não possuem corda e são gratuitos. As opções vão desde artistas com menor visibilidade até nomes conhecidos do Carnaval baiano, como Claudia Leitte e Leo Santana. Por ser gratuito, o volume de pessoas é beeeem maior e, dizem, que é mais perigoso.

Preste atenção na hora de saída do seu bloco, porque eles variam entre 14h e 23h. Vá de tênis confortável, esqueça o celular em casa e leve dinheiro trocado para táxi e cerveja.

Camarotes

Eles surgiram como uma opção mais confortável para ver os trios passarem pelos circuitos, mas hoje, o céu é o limite para os camarotes em Salvador. E, claro, isso tem um preço: quanto mais regalias, mais caro.

Os mais famosos ficam no circuito Barra / Ondina e oferecem shows, ambientes com DJ, open bar, open food, massagem, maquiagem, cabeleireiro…

Praticamente todos os trios param na frente dos camarotes e interagem com os foliões. Entre um bloco e outro, há bandas tocando e ainda uma área de shows de artistas como Harmonia do Samba, Leo Santana,  Marília Mendonça, Simone & Simaria, Aviões do Forró e Wesley Safadão.

Fomos no Camarote Club ( R$ 750) e no Camarote Salvador ( R$ 1.100). A estrutura é, de fato, feita para impressionar você nem vê o tempo passar por ali. Na época que começamos a procurar, os valores iniciavam em R$ 350.

Customização de abadás

Minha amiga reformou dois abadás no Expresso Folia e arrependimento define. Cada reforma custa, pelo menos, R$ 70 e eles fizeram os dois modelos diferentes do pedido, erraram os cortes mesmo com a marcação e colaram os errados.  Tivemos trabalho dobrado de refazer tudo no hotel e ficou bem melhor.

Por isso, a dica é: leve tesoura, cola quente e alguns adereços de armarinho para customizar seu abadá. No YouTube tem uma infinidade de tutoriais. Se eu, que mal consigo dar um laço no cadarço consegui, você também consegue.

Mas, afinal, quanto custa o Carnaval em Salvador?

Isso depende muito do perfil de cada um. Abaixo, fiz uma tabela com meus principais gastos detalhados.

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