O Machu Picchu é, sem dúvidas, o principal cartão-postal do Peru e, todos os anos, atrai milhares de visitantes que sonham desbravar as ruínas da Cidade Perdida dos Incas. Mas como chegar ao Machu Picchu? Para quem vai a primeira vez, essa parece ser a parte mais complicada. Mas a gente te explica tudo neste post.
A bela Cusco costuma ser a cidade base para quem deseja ir ao Machu Picchu. Para chegar até lá, o jeito mais simples é pegar um voo saindo de Lima. Já para percorrer os 112 km que separam Cusco e Águas Calientes, onde ficam as ruínas, os turistas têm três opções: de trem, de van ou montado no lombo de uma llama, caminhando.
Independente da maneira escolhida, vale a pena passar pelo menos uma noite em Águas Calientes. Especialmente se você subir uma das montanhas, que é muito cansativo. Lembre de comprar seu ticket para o Machu Picchu com antecedência.
Van até a hidrelétrica – A maneira mais barata de chegar ao Machu Picchu
Para quem precisa economizar, a solução ideal é fazer o caminho da hidrelétrica, que combina van e trilha. Todos os dias, dezenas de vans saem de Cusco em direção à hidrelétrica e esse percurso demora 6 horas. A partir da hidrelétrica, ainda é preciso caminhar 14 km até Águas Calientes, o que leva entre duas ou três horas.
A trilha é tranquila é feita pelos trilhos do trem e, segundo quem fez, é uma caminhada tranquila. Essa é a escolha de boa parte dos viajantes, então sempre tem gente e é bem seguro.
Em Cusco as agências oferecem o serviço por 60 Soles ( cerca de R$ 70), mas dá para negociar e vi gente fechando pela metade do preço. Acho importante sempre checar a reputação da agência no Tripadvisor, já que os motoristas no Peru nem sempre são, digamos, cautelosos.
O ideal depois dessa caminhada é ficar em Águas Calientes por uma noite e, apenas no dia seguinte, ir para o Machu Picchu. Mesmo que você vá apenas para as ruínas, você vai caminhar por lá umas quatro horas.
Trilha Inca – Para quem tem disposição

Se você tem bom condicionamento físico, a trilha Inca é o jeito mais incrível de chegar ao Machu Picchu. Infelizmente, como alguns trechos envolvem altura, foi um plano deixado de lado.
A trilha clássica ( 600 dólares), tem duração de 4 dias e é considerado uma dos 5 principais trekkings do mundo. E com razão: esse é o trajeto que os Incas faziam para chegar até a cidade sagrada. O Machu Picchu sempre vai ser uma experiência grandiosa, mas essa trilha é a chance de refazer os passos desse povo, ver ruínas que não veria em outro tour e atravessar algumas das montanhas da Cordilheira dos Andes andando.
Apenas 500 pessoas podem iniciar a trilha por dia, então é importante marcar antes. A trilha Inca é fechada durante o mês de fevereiro, quando fazem a manutenção da trilha, mas é disponível o ano inteiro. Os melhores meses são entre maio e outubro, período sem chuvas, mas que faz muito frio à noite.
Ah, existe uma versão mais curta da trilha, que dura 2 dias.
Trilha Salkantay – A queridinha dos aventureiros

Achou que a trilha Inca era difícil? Deixa eu te apresentar a Salkantay. São cinco dias desafiadores até chegar ao fim da trilha, que é considerada como uma das mais bonitas do mundo pela National Geographic.
Durante o período, os viajantes passam pela Laguna Humantay (que também tem passeios vendidos a parte), passam pelas imponentes montanhas nevadas Salkantay, que dá nome a trilha, e Umantay. Passam também vilarejos fofos, águas termais e, finalmente, chega até Águas Calientes!
Vendido pelas agências por 400 dólares, essa trilha é muito mais voltada para belezas naturais e é uma maneira diferente de conectar-se com toda grandiosidade do Machu Picchu.
De Trem – A maneira mais confortável
Bem, essa foi a maneira que escolhi e é o jeito mais confortável ( leia-se com menos esforço) para chegar ao Machu Picchu. Existem duas empresas que vão até a estação de Águas Calientes: Peru Rail e Inca Rail. O preço das passagens não é fixo, mas o valor é a partir de 50 dólares por trecho. As duas empresas vendem seus bilhetes online, foi como comprei o meu pela Inca Rail e foi tudo tranquilo.
Existem três estações e onde você vai pegar o trem depende do seu roteiro. No meu caso, peguei o último trem na estação de Ollataytambo, já que fiz o Vale Sagrado um dia antes do Machu Picchu e é uma boa maneira de otimizar o roteiro. Também tem a estação de Poroy, que fica a 20 minutos de Cusco. Já estação de Urubamba só possui trens da Peru Rail e a estação fica dentro do hotel.
A Peru Rail possui três tipos de cabine. A Expedition é o=a mais barata e tem janelas grandes, com uma vista bem legal para quem viaja durante o dia. O Vista Dome, é um pouco mais caro e é mais confortável.Mas para quem quer ostentar a cabine Hiram Bingham é mais sofisticada, oferece uma menu especial para o almoço e jantar, além de vinho.
Já a Perurail Sacred Valley, é o único que passa em Urubamba, onde fica o exclusivo Belmond Hotel Rio Sagrado e o Tambo Del Valle.
A Inca Rail foi minha escolha por conta do preço. Fui no Voyager, o vagão mais simples, com janelas panorâmicas. Nos dois trechos, eles serviram um biscoitinho e bebida quente. A cabine the 360° é a mais procurada e tem janelas panorâmicas ( até no teto!). The First Class oferece, além das janelas panorâmicas, oferece um menu gourmet com pratos peruanos preparados com ingredientes orgânicos.
Mas para quem gosta mesmo de exclusividade, o The Private é um trem exclusivo e cheio de regalias. Inclui um ônibus para o Machu Picchu.